Marandu'i G20 pegua 14 - Favela mbohovái oguereko tembiapo porãrãre

Semana oúva, ojehútava aty ministerial GT Desenvolvimento G20 pegua, he’íta mba’erepa jaguereko arã saneamento básicope, rembiapo jetu’uha arãpe tetãguasu kuéra desenvolvimentope. Ehendu reikuaaseverõ ha reikuaavéta.

Poranduhára: tembiapo porã’ÿre, y’e’ÿre ha tesãi’ÿre Brasilpe, upémarõ ombohasy aproximadamente 233 mil internações anualmente, upéa mbytegui mitã kuéra 0 a 5 ano. Rayane Pereira, Ação Cidadania pegua ha oikóva Baixada Fluminensepe, ohechauka dados Casa Fluminense tembiapo porãrãre.

Rayane Pereira: Agueru dados ojejapo akue Casa Fluminense rupi, ha upe tetã’i Belford Roxo ha ambue heta tetã’i ijereregua ndoguerekói mba’eve oiko porã arã. Che retã’i oguereko 0,3% tratamento esgotore. Ko ñe’ë y rehegua, saneamento ha mba’e potï rehegua chévepe hepy eterei.

Poranduhára: Geógrafa Rejane Ferreira omohesakã mba’éicha pa y rape, oje’éva bacia hidrográfica, esgoto oñemombo reirei oñembyaipaventéma y rape rehegua.

Rejane Ferreira: y rape reñói hesakã porã osyryha rupi omoguahëuka hese esgoto. Tekotevë tratamento esgoto rehegua opa tetã’i kuéra rupi, ha omoï porã haguã jevy y syry. Avei ity mbyatyha. Ñande jaikuaa ity mbyatyha ndoguataporãi favela rupire.

Poranduhára: Rejane Ferreira omohesakã Região Norte Brasil pegua tuicha y rape, upépe saneamento básico ndoguerekói mba’evere.

Rejane Ferreira:  Y’e’ÿre ndaipóri mo’ã tekove. Mba’éichagui oïhare ndaipóri y? Mba’ére tetãguasu nomañái faveláre oikóva ha ndoguerúi tembiapo porãrãre tekove pe? Reimoirõ R$ 1 saneamentope, hemby gueteri R$ 9 tesãirãre. Hemby heta eterei plata.

Poranduhára: oñemongeta jovái ojehu oiko jave “Os desafios enfrentados pelas favelas no acesso à água, saneamento e higiene”, Favelas 20 (F20) jave, Rio de Janeirope.  

A luta das favelas por serviços essenciais de água e saneamento

O fórum Favelas 20 (F20) discutiu o tema e defendeu a importância de garantir serviços essenciais à vida para todos os cidadãos. Ouça a reportagem e saiba mais.

Repórter: A falta de acesso à água, saneamento básico e higiene no Brasil resulta em aproximadamente 233 mil internações por ano, sendo metade desses casos envolvendo crianças de 0 a 5 anos. Rayane Pereira, da Ação Cidadania e moradora da Baixada Fluminense, apresentou dados da Casa Fluminense sobre o saneamento básico. 

Rayane Pereira: Eu trouxe dados aqui construídos pela Casa Fluminense, onde a cidade de Belford Roxo e diversas outras cidades da Baixada têm zero. A minha cidade tem 0,3% de tratamento de esgoto. A pauta sobre água, saneamento e higiene é algo muito caro pra mim. 

Repórter: A geógrafa Rejane Ferreira explicou como o fluxo natural das águas, conhecido como bacia hidrográfica, está comprometido devido ao descarte inadequado de esgoto.

Rejane Ferreira: O caminho das águas, que é o caminho que a água vai percorrendo. Ela vai nascer limpa, mas ao longo ela vai recebendo carga de esgoto. Tem que ter tratamento de esgoto na cidade inteira, para melhorar as condições do rio. Também a coleta de lixo. A gente sabe que a coleta de lixo não é adequada nos territórios de favela.

Repórter: A Região Norte do Brasil abriga a maior bacia hidrográfica do país, mas é um território que apresenta sérios problemas em relação ao saneamento básico, conforme destaca a geógrafa, Rejane Ferreira. 

Rejane Ferreira: A gente está falando de vida, sem água não há vida. Como uma parcela da população não tem água? Por que o estado não olha para a população favelada e não traz os serviços essenciais à vida? Se você investe R$ 1 em saneamento, você economiza R$ 9 na saúde básica. É muito dinheiro. 

Repórter: O debate aconteceu durante o painel “Os desafios enfrentados pelas favelas no acesso à água, saneamento e higiene”, durante o lançamento do Favelas 20 (F20), no Rio de Janeiro.

Os boletins no idioma Guarani-Kaiowá são produzidos, traduzidos e gravados por egressos, estudantes indígenas e professores do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena da Universidade Federal da Grande Dourados, no estado do Mato Grosso do Sul.